Não é novidade que os arquétipos são uma ótima ferramenta para a produção de histórias que emocionam, engajam, convencem e convertem. E, no fim das contas, o trabalho de um copywriter é exatamente esse!
Um bom redator deve saber utilizar a voz da marca/empresa/pessoa para contar histórias que façam com que a audiência se interesse, se aproxime e interaja.
A força da comunicação escrita no trabalho de marketing digital é enorme! Afinal, a escrita é, há mais de 3000 anos, um dos meios mais eficazes para conectar pessoas. E é importante para alguém que vive do papel e da caneta (ou do teclado e do word) entender as melhores formas de emocionar o seu público.
Sei que existem várias técnicas e exercícios que ajudam a entender a melhor maneira de se comunicar, mas, para mim, o poder dos arquétipos é algo que não dá para ignorar.
Antes de falar da minha experiência com essa ferramenta, quero mostrar um pouco do porquê eu decidi usá-la.
Os Arquétipos são tão poderosos assim?
Já se perguntou por que certas marcas conseguem fazer com que as pessoas formem filas quilométricas para comprar um produto no lançamento?
Eu garanto para você que pouco tem a ver com o valor funcional do produto, seja ele um tênis, um celular, um notebook ou um jogo de videogame. O que as pessoas estão buscando é uma expressão do que elas são, um senso claro de pertencimento, de comunidade.
Lembre-se que as marcas são ícones culturais!
As pessoas se identificam com o que elas representam e defendem os valores que compartilham, podendo gerar até certas rivalidades entre grupos. Quem nunca ouviu falar de Nike x Adidas; Marvel x DC; Pepsi x Coca-cola; Mc Donalds x Burguer King; e muitas outras?
Todas essas rixas só existem porque o público se identifica com cada uma das marcas e briga pelo significado dela.
Significado! É essa a palavra mágica.
Como construir significado para bens de comércio a ponto das pessoas se conectarem com a marca e ficarem 6h em uma fila para gastar mais de 5 mil reais?
Esse é o objetivo de qualquer copywriter, destacar o valor emocional de um produto a ponto dele se tornar parte de quem as pessoas são. Como fazer isso?
Bom… Os arquétipos são um ótimo caminho.
Não sei se você sabe como é o processo para determinar o arquétipo de uma marca e, para ser sincero, eu não vou detalhar o método neste texto. Mas se quiser saber mais sobre o assunto, é só me dizer aqui nos comentários que eu escrevo um post sobre isso.
O foco aqui é te mostrar como eu uso os arquétipos no meu dia a dia de escrita. E para não ficar subjetivo, quero trazer um relato de experiência.
Mas antes… Deixa eu te falar duas coisinhas.
Em primeiro lugar, quero deixar claro que eu uso o livro “O herói e o fora da lei: como construir marcas extraordinárias usando o poder dos arquétipos” como base para os conceitos de arquétipo.
Em segundo lugar, esclareço que uso os arquétipos para 3 coisas no meu dia a dia, são elas: planejar conteúdo, determinar o tom de voz e pesquisar.
Breves explicações feitas, vamos ao relato!
Arquétipo no dia a dia de um copywriter
Como diz Carl G. Jung, os arquétipos são formas ou imagens de natureza coletiva, que ocorrem em praticamente toda a Terra como componentes de mitos e, ao mesmo tempo, como produtos individuais de origem inconsciente.
Ou seja, simplificando as coisas, eles são sentimentos e ideias elementares presentes em todos nós.
O copywriter que consegue captar o significado essencial de uma marca, invariavelmente, conseguirá criar um valor bem maior que o funcional para um produto. Gerando uma comunidade realmente engajada.
E é isso que eu busco todos os dias, encontrar a maneira certa de falar sobre certos temas para o nicho correto. Os arquétipos são como atalhos para isso, pensa comigo:
Já que eles são a essência de sentimentos e de ideias que estão em todas as pessoas, se eu usá-los de maneira certa, vou estar me conectando profundamente com a audiência. Escrevendo histórias que realmente conectam.
“Mas, tá, como usar os arquétipos?”
Em primeiro lugar, você deve entender que a ideia aqui não é usar símbolos e imagens arquetípicas levianamente. Nenhum texto memorável sairá disso.
Saiba que, se feito da maneira correta, a própria marca vai assumir (ou já assumiu mesmo sem saber) o significado simbólico do arquétipo. Quer um exemplo?
Faz algum tempo, eu precisava criar um texto para uma campanha de um cliente. A marca utiliza o arquétipo do Mago. Então, para me inspirar, eu busquei boas campanhas de produtos e marcas que também utilizam esse mesmo arquétipo.
Foi aí que encontrei essa frase:
“Há algumas coisas que o dinheiro não compra. Para todas as outras, use MasterCard.”
Essa campanha é marcante, né? E você sabe por quê? Ela trabalha com a ideia de tornar sonhos em realidade, de transformar a vida, mas respeitando tudo aquilo que é importante individualmente. Ela usa brilhantemente a essência do que o arquétipo do Mago é.
E foi a partir de uma análise dessa campanha que eu consegui ter ideias e escrever um bom texto para o meu cliente. Um texto que se conecta profundamente com o que a marca é e o que ela representa.
Este é um dos exemplos das maneiras de usar os arquétipos: entender quem são eles, olhar para grandes marcas que já utilizam eles com maestria e usar boas campanhas de referência para escrever a sua história.
Eu tento fazer esse tipo de análise e de busca por referência diariamente. Não estou dizendo que é fácil e nem que analisar marcas a partir do arquétipo é um método para você. Mas digo que pode ser um ótimo caminho para a construção de histórias que realmente conectam.
Se você se interessou pelo tema e gostaria que eu trouxesse outras experiências minhas com os arquétipos, diz para mim nos comentários.
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